José Bonifácio

Estadista brasileiro que ficou conhecido pela nossa história como o Patriarca da Independência.

José Bonifácio de Andrada e Silva nasceu na cidade de Santos no dia 13 de Junho de 1763.

Era filho de Bonifácio José de Andrada e dona Bárbara da Silva, uma das famílias mais ricas da região santista.

Aos 14 anos de idade e já tendo completado os estudos, José Bonifácio foi para São Paulo, onde estudou Filosofia, Latim e Retórica.

Aos 18 anos foi para Lisboa e lá diplomou-se em Jurisprudência e em Ciências Físicas e Naturais pela Universidade de Coimbra, recebendo em 1787 os diplomas da faculdade de leis e Filosofia. Como membro da Academia Real de Ciências de Lisboa, José Bonifácio viajou por países como Itália, Alemanha, França, Suécia, Irlanda entre outros.

Em 1790 José Bonifácio casou-se com a irlandesa Narcisa Emília Oleary e com ela teve duas filhas.

Em 1800, após 10 anos de viajem pela Europa, Bonifácio retorna a Portugal onde passou a ocupar a diversos cargos no Governo Português. Foi intendente geral, desembargador, diretor-superintendente e administrador de diversas minas do governo.

Em 1819 José Bonifácio regressa ao Brasil passando a viver na mesma Santos em que nasceu. Interessado pelas atividades mineradora, Bonifácio excursionou pela sua província e revelou as riquezas minerais da região paulista.

Em 1821, Dom João VI retornar para Portugal e deixa Dom Pedro no Brasil como regente. A partir daí os políticos brasileiros se agitaram para por em pratica o plano da emancipação do Brasil com relação a Portugal. José Bonifácio segue para o Rio de Janeiro onde redigiu a petição dos paulistas a D. Pedro, pedindo-lhe para não regressar a Lisboa.

José Bonifácio conquistou a confiança de D. Pedro e logo foi nomeado por ele ministro do reino e seu conselheiro particular. No dia 7 de Setembro de 1822 Dom Pedro atendeu aos pedidos do povo brasileiro, declarou a Independência do Brasil. José Bonifácio, principal conselheiro de D. Pedro, passou a ser conhecido como a Patriarca da Independência.

D. Pedro I, Imperador do Brasil, nomeou Bonifácio como ministro do Império dos Negócios Estrangeiros. Os irmãos de José Bonifácio, Martim Francisco de Andrada e Antônio Carlos de Andrada, também passaram a ocupar cargos políticos no Império.

Em 1823 José Bonifácio desentendeu-se com D. Pedro I por ele dissolver a Assembléia Constituinte. Foi ele obrigado a viver exilado na Europa juntamente com os outros deputados que se oporam a D. Pedro I.

Em 1829, José Bonifácio retorna ao Brasil pela segunda vez, desta vez passou a viver na Ilha de Paquetá, na baía do Rio de Janeiro.

Em 1831 José Bonifácio atendendo à um pedido pessoal de D. Pedro I, ficou responsável pela educação de seu filho, o pequeno Pedro de Alcântara. Bonifácio teve que ser tutor do filho de D. Pedro I até ao ano que ele alcançou a maior idade onde pôde tomar posse do governo brasileiro como Imperador.

Em 1833 Bonifácio foi acusado de conspiração contra o Governo Regencial por defender a volta de D. Pedro I como Imperador. Foi ele preso e destituído da tutoria do príncipe Pedro de Alcântara.

José Bonifácio de Andrada e Silva morreu em 6 de Abril de 1838 na cidade de Niterói.

José Bonifácio foi um homem de rara inteligência; conhecia de perto todos os problemas que assolavam os países do mundo, naquela época, e era sobretudo de uma modéstia impressionante. Amou sua pátria, foi sábio, escritor, cientista, poeta e falava mais 8 idiomas. Seus restos mortais acham-se na cidade de Santos. Ergueram-lhe um monumento grandioso onde se lê o seguinte epitáfio, que ainda em vida ele pediu para o seu túmulo: “Eu desta glória só fico contente que a minha terra amei e a minha gente.”