Movimento politico-militar de oposição a oligarquia da República Velha.
O Tenentismo gerou revoltas militares como o Levante do Forte de Copacabana e a Revolução Militar de 1924.
Quando o Brasil se tornou uma nação republicana, foram os militares que assumiram as duas primeiras presidências do país.
Ao final do mandato de Floriano Peixoto, a elite agrária subiu ao poder, dando início ao período conhecido como Republica do Café com Leite, ou República Velha.
Formou-se então um governo oligárquico controlado pelos grandes barões do café. Através de manobras políticas um tanto quanto corruptas, a elite do café conseguiu dominar o cenário político brasileiro por mais de duas décadas.
Os outros estados brasileiros, a margem do poder, passaram a fazer forte oposição a este governo corrupto. Esta insatisfação política ficou conhecida como Reação Republicana.
Muitos jovens oficiais do exército, com mentalidade formada no Clube Militar, também estavam insatisfeitos com os rumos políticos do Brasil.
Em 1922 ocorreu a eleição presidencial mais agitada da Republica Velha, os principais candidatos era Nilo Peçanha da oposição e Artur Bernardes pertencente a situação.
Ao final das eleições, Artur Bernardes, de forma duvidosa, foi eleito novo Presidente do Brasil dando continuidade a política do café com leite.
Inconformados com mais um ato de corrupção por parte do governo, um grupo de militares, julgando-se defensores da moralização política do Brasil, iniciaram uma série de revoltas contrárias a posse de Artur Bernardes como presidente. Inicia-se assim o movimento que ficou conhecido como Tenentismo.
Tais militares acreditavam que o candidato da oposição, Nilo Peçanha, era o verdadeiro vencedor das eleições presidências. O Movimento Tenentista buscou a criação de eleições realizadas com voto secreto, o que acabaria com o voto do cabresto.
A primeira revolta a acontecer foi a Revolta do Forte de Copacabana. Os tenentes haviam tentado controlar as principais guarnições do Rio de Janeiro afim de pressionar o governo a anular a eleição vencida por Artur Bernardes.
No andamento da revolta, somente um grupo pequeno de rebeldes, conhecidos como os 18 do Forte de Copacabana, continuaram a lutar. Os rebeldes foram facilmente derrotados pelas forças do governo. Do grupo dos Dezoito do Forte de Copacabana, apenas dois sobreviveram.
Passados dois anos da revolta militar ocorrida no Rio de Janeiro, o Movimento Tenentista iniciou uma nova revolta, desta vez em São Paulo.
Eduardo Gomes e Siqueira Campos, únicos sobreviventes dos 18 do Forte de Copacabana, inspiraram o militar Isidoro Dias a comandar um grande número de militares a combater a governo oligárquico brasileiro. O levante ocorrido em São Paulo ficou conhecido como revolta militar de 1924.
No Norte do Brasil, os tenentes também aderiram a Revolução de 1924. No Amazonas ocorreu a chamada Comuna de Manaus.
Fracassada a tentativa de controlar São Paulo, os militares da Revolução de 1924 foram em direcção ao Sul do país para se encontrar com as forças militares que haviam se rebelado no Rio Grande do Sul.
A união dos dois grupos gerou a famosa Coluna Prestes, força militar que marchou por boa parte do território brasileiro afim de provocar uma revolução.
Apesar de todas essas revoltas, o Tenentismo não obteve êxito em acabar com o governo oligárquico dos grandes senhores do café.
Em 1930, alguns dos ativistas do Movimento Tenentista, tomaram parte na revolta que derrubou o governo de Washington Luís.
VEJA TAMBÉM: A Coluna Prestes
14 de mar. de 2010
Tenentismo
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