A Guerra dos Farrapos ou ,Revolução Farroupilha, foi a mais longa revolta ocorrida no Brasil.
Esta guerra ensanguentou o Sul do Brasil por um período de dez anos.
O Rio Grande do Sul tinha como principal atividade econômica a agropecuária. A concorrência do gado argentino e uruguaio gerou uma grande crise econômica no território gaúcho.
Os grandes fazendeiros e estancieiros do Rio Grande do Sul, a Elite da Região, exigiu providências do Governo Regencial. Queria eles o aumento da taxa alfandegária, o que dificultaria a entrada do produto estrangeiro no Brasil. Como não foram ouvidos, através do Partido Farroupilha, passaram a conspirar contra o Império Brasileiro.
Os militares gaúchos que antes tinham a missão de vigiar as fronteiras da região platina, agora tinham como principal foco a Revolução Farroupilha.
Em 1835 os farroupilhas liderados pelo Coronel Bento Gonçalves, atacaram Porto Alegre e em seguida empossaram um representante farroupilha na presidência da província.
Até este momento não se pensava numa revolução separatista. Os farroupilhas queriam somente que o Rio Grande do Sul passasse a ser um estado federalista, o que daria mais autonomia a província gaúcha.
Após uma roda de negociação com os farrapos, o
As lutas tiveram continuidade com Antônio Neto, General Farroupilha, vencendo as tropas do Império na Batalha de Seival. Em contra partida, os Caramurus (tropas imperiais), agora com a valiosa ajuda de Bento Manuel, ex-general Farroupilha, conseguiu retomar o controle de Porto Alegre.
Em 1836 o Movimento Farroupilha optou então pela separação do Rio Grande do Sul com a Proclamação da República Rio-Grandense, com capital na cidade de Piratini. Bento Gonçalves foi escolhido como presidente dos gaúchos.
Bento Manuel comandou um novo ataque contra os farrapos e conseguiu vence-los na Batalha de Ilha Fanfa. Nesta luta o próprio Bento Gonçalves foi capturado e levado como prisioneiro para o Forte do Mar na Bahia.
Passadas algumas semanas, Bento Gonçalves conseguiu escapar de seu cárcere e retornou ao Rio Grande do Sul para liderar novamente suas tropas.
Os farroupilhas com grande bravura conseguiram controlar o território gaúcho, com exceção de Porto Alegre.
Em 1838 os Farrapos estenderam a Revolução Farroupilha para a província vizinha, Santa Catarina. O General Farroupilha, David Canabarro, com a ajuda do revolucionário Italiano Giuseppe Garibaldi conseguiu controlar Santa Catarina e lá fundaram a Republica Juliana com capital em Laguna.
Garibaldi algumas décadas depois entraria para a história Italiana como um dos principais responsáveis pela unificação da Itália.
Em 1840 D. Pedro II assumiu a chefia do Império Brasileiro. O jovem Imperador buscando o fim do conflito, concedeu o perdão a todos os farrapos que baixasse as armas. Decididos a não acatar ordens vindas de um piá (criança), os farroupilhas decidiram continuar lutando.
Para contornar a situação no Rio Grande do Sul, o Império Brasileiro nomeou o seu mais brilhante militar como Comadante-das-Armas no Rio Grande do Sul, o General Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias.
Caxias sendo um grande estrategista, venceu as principais batalhas contra os farrapos que foram; a Batalha de Poncho Verde, Cangacu, Piratini, Porangos e Arroio Grande.
Os Revolucionários Farroupilhas exaustos de tanto lutarem decidiram aceitar os acordos de paz proposto pelo Império.
No dia 1 de Março de 1845 os farrapos assinaram um tratado de paz que dava a eles o gozo da anistia. Os militares farroupilhas também foram aceitos no Exército Imperial passando ocupar os mesmos postos militares que exerciam durante a Guerra dos Farrapos.
Os escravos que lutaram na guerra também foram beneficiados com a alforria, passando agora a ser homens livres.
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20 de nov. de 2009
A Guerra dos Farrapos
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