Presidente Prudente de Morais

Terceiro Presidente do Brasil, o primeiro a ser eleito pelo voto popular.

Prudente de Morais também foi o primeiro presidente civil da História do Brasil.

Prudente José de Morais e Barros nasceu na cidade de Itu, São Paulo, em 4 de Outubro de 1841. Era filho de José Marcelino de Barros com Catarina Maria de Moraes.

Em 1844, quando ainda era bebê, Prudente de Morais perdeu seu pai que foi assassinado por um de seus escravos que o ajudava na atividade de tropeiro. Prudente de Morais passou a ser criado por Caetano José Gomes Carneiro, novo marido de sua mãe e que os levou para Piracicaba. Na adolescência passou a viver na capital paulista com a finalidade de concluir os seus estudos.

Em 1863, com apenas 22 anos, formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo. No mesmo ano retorna a Piracicaba para atuar como advogado.

Em 1865, Prudente de Morais deu início a sua carreira política ao ser eleito vereador e mais tarde líder da Câmara Municipal. Três anos depois foi eleito deputado pela província de São Paulo.

Em 1876 abandona o Partido Liberal para defender a causa republicana. Filiar-se ao Partido Republicano Paulista. Prudente de Morais também defendia a política abolicionista.

Em 1889, ano em que foi criada a República do Brasil, Prudente de Morais foi nomeado governador da Província de São Paulo.

Em 1890 renúncia ao cargo de governador para eleger-se senador. Neste mesmo ano, candidatar-se a eleição indireta para presidente que foi vencida pelo Marechal Deodoro da Fonseca.

Em 1894, Prudente de Morais foi eleito, pelo voto popular, presidente do Brasil na primeira eleição direta de nossa história.

O Governo Prudente de Morais 

Como presidente do Brasil, Prudente de Morais buscou afastar pouco a pouco do poder, os militares que possuíam cargos governamentais. Isso significou o fortalecimento dos políticos civis na politica.

A subida de Prudente de Morais ao poder presidencial deu inicio ao domínio politico da oligarquia aristocrata denominada Oligarquia Cafeeira.

Nos quatro anos de seu governo, o Prudente sofreu a mesma pressão politica que seus antecessores sofreram. Na politica econômica, renegociou a divida externa através do plano Funding Loan.

Na politica externa teve que resolver uma questão diplomática com relação a Ilha de Trindade que estavam sendo pretendida pela Inglaterra. O Presidente Prudente também restabeleceu relações diplomáticas com Portugal, relação esta rompida no governo de Floriano Peixoto.

Em seu governo foi pacificado o Rio Grande do Sul que passava por uma guerra civil gerada pela Revolta Federalista.

O fato mais marcante do governo de Prudente de Morais aconteceu na Bahia, a Guerra de Canudos. Antônio Conselheiro liderou milhares de sertanejos numa guerra contra as forças governistas.

Em 1897 no Rio de Janeiro, Prudente de Morais numa cerimônia de condecoração aos militares que fizeram parte da campanha de Canudos, sofreu um atentado praticado por um militar.O presidente nada sofreu graças ao Ministro de Guerra, marechal Machado Bittencourt, que o defendeu do agressor mais tombou morto devido as punhaladas recebidas.

Em 1898, terminado o seu mandato de presidente, Prudente de Morais voltou para a cidade de Piracicaba e retomou a sua rotina de advogado.

Prudente José de Morais e Barros, o Terceiro Presidente do Brasil, faleceu em 13 de dezembro de 1902. Foi homenageado por três estados do Brasil que batizaram municípios com seu nome. A cidade de Presidente Prudente, em São Paulo, a cidade de Prudente de Morais, em Minas Gerais e a cidade de Prudentopólis no Paraná.