Aulas de História do Brasil

27 de mai. de 2010

Ditadura Militar no Brasil

Golpe político organizado em 31 de Março de 1964 que afastou João Goulart da presidência do Brasil.

O Golpe Militar de 1964 fez com que o Brasil passasse a ser governado por membros das Forcas Armadas, dando origem a um Regime Militar.

A Ditadura Militar durou de 1964 a 1985. Neste período a presidência do Brasil foi ocupada por generais.
A ameaça comunista, foi o que levou estes militares a planejarem a Revolução de Março 1964.

No Brasil, o comunismo ganhou força deixando as grupos politico de direita em alerta. Quando João Goulart, político de mentalidade comunista, assumiu a presidência, a direita política fez de tudo para que ele não governasse o Brasil.

Em 1961 eles criaram o Parlamentarismo. A nova forma de governo, reprovada por um referendo, durou pouco tempo.

Com o fim do parlamentarismo, João Goulart pode exercer os poderes que o presidêncialismo lhe dava de direito.

Criou-se a expectativa de que Jango fizesse do Brasil uma república socialista semelhante a implantada em Cuba por Fidel Castro.

Antes que isso acontecesse as Forças Armadas apoiando a direita política iniciou uma revolta que culminaria com o Golpe Militar de 1964.

O movimento depôs João Goulart da presidência e que a partir de então ficou nas mãos dos militares, iniciando assim uma Ditadura Militar. O Regime Militar do Brasil recebeu apoio dos Estados Unidos pois o mesmo queria o comunismo longe da América.

O Regime Militar suspendeu as garantias constitucionais do país e as eleições passaram a ser realizadas de forma indireta. O cargo de presidente passou a ser exercido pelos generais das forças armadas.

Os presidentes do Brasil na epóca da Ditadura Militar foram:

Humberto Alencar Castelo Branco (1964-1967)

Um dos principais arquitetores do Golpe Militar de 1964. Castelo Branco tornou-se o primeiro presidente do Regime Militar.

Em seu governo Castelo Branco declarou ilegais todos os movimentos contrários a revolução de Março. Através do SNI (Serviço Nacional de Informações), as pessoas suspeitas de envolvimento com os movimentos de esquerda foram presas e torturadas pelo governo.

O maior desafio de Castelo Branco como presidente foi combater a inflação. Para isso ele criou medidas econômicas de efeito impopular.

Artur da Costa e Silva (1967-1969)

Eleito em 3 de Outubro de 1966, através do voto indireto, Artur da Costa e Silva tomou posse da Presidência da Republica em 15 de Março de 1967. Em seu governo foi promulgada uma nova Constituição Brasileira.

Durante o governo Costa e Silva as manifestações contrárias a ditadura cresceram. Em resposta o governo criou o Ato Adicional N5 que cassou inúmeros mandatos de políticos contrários a ditadura.

Artur da Costa e Silva exerceu somente meio período de seu mandato. Por estar doente, ele foi afastado do governo. Com a ausência do presidente, o governo foi entregue a uma junta militar.

Em Dezembro de 1969 Artur da Costa e Silva venho a falecer deixando vago o cargo de presidente.

Emílio Garrastazu Médice (1969-1974)

Com a morte de Costa e Silva, a junta militar que assumiu o Governo do Brasil recusou-se a entregar a presidência para o vice do presidente falecido. Os ministros militares decidiram eleger Emílio Médice como novo Presidente do Brasil.

Foi no Governo Médice que a economia brasileira chegou ao seu maior nível, o chamado Milagre Brasileiro. Grandes obras foram realizadas como a Transamazônica e a Ponte Rio-Niterói.

Insatisfeitos com o Regime Militar os opositores do governo criaram a esquerda armada. Com a ajuda logística dos Estados Unidos o governo militar conseguiu dizimar estes movimentos.

Ernesto Geisel (1974-1979)

No Governo Ernesto Geisel iniciou-se a abertura política do Brasil que, segundo ele seria lenta e gradual. Durante o governo Geisel o crescimento econômico do Brasil já não era o mesmo, contrário a inflação que crescia mais e mais.

João Batista Figueiredo (1979-1985)

O Governo Figueiredo caracterizou-se pelo processo de redemocratização do Brasil. Foi concedido a anistia aos presos políticos e reestabelecido as eleições diretas para governadores.

João Batista Figueiredo se tornaria o ultimo presidente do regime militar. Pressionado pelas Diretas Já, a Ditadura Militar estava com os seus dias contados.

Através da Emenda Dante de Oliveira a oposição exigiu a realização de eleições diretas para o cargo de presidente.

Esta emenda não foi aprovada mas mesmo assim através do Colégio Eleitoral, foram realizadas eleições que elegeram pelo voto direto Tancredo Neves como presidente do Brasil.

Termina assim o Regime Militar, período da história brasileira onde a ordem foi mantida através de torturas e exílios.

VEJA TAMBÉM: A Nova República Brasileira

12 comentários:

  1. Hoje não temos mais tortura nem exílio, Graças a Deus. Contudo, também não temos mais Ordem nem Progresso.

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  2. Há muito mais coisa para ser explorado nesse assunto, senão vejamos:
    1) Campo Psicossocial: No contexto de um mundo bipolarizado e em plena guerra fria, a sociedade brasileira da época alinhava-se muito mais com os EUA que com os Soviéticos. Paulatinamente, durante o período de 64 a 85 no Brasil, a sociedade ressentiu-se de uma progressiva necessidade de conduzir seus destinos. Abriu-se nesse momento espaço para a Anistia aos presos políticos e intelectuais socialistas que se refugiaram fora do país. Na educação houve avanços para redução do índice de analfabetismo e profissionalização, muito embora o hiato ainda fosse enorme se comparado com os demais países da America Latina e do mundo. Tal configuração facilitaria a prospecção de um discurso populista e levado a efeito pela oposição.
    2) Campo econômico: Em 64 o país apresentava considerável atraso em suas infraestruturas básicas. Não obstante, iniciativas anteriores na Era Vargas e JK (Petrobras, CSN, estradas e comunicações) o período imediatamente anterior ao golpe era de estagnação. Durante o Governo militar houve consideráveis investimentos na infraestrutura logística, em especial nas que demandavam energia e ligações (ITAIPÚ, Transamazônica, etc). Foi nesse período (Geisel) que as Crises do Petróleo (73-79) contribuíram para interromper o "Milagre Brasileiro" e aumentar o nosso endividamento externo. Tal entendimento é importante para se caracterizar o cenário de instabilidades e hiperinflação que se sucedeu nos anos seguintes e que perdurou até a estabilização do REAL. Pode-se concluir parcialmente que o Brasil após os governos militares desenvolveu suas bases para o crescimento; contudo endividou-se fruto da conjuntura econômica mundial.
    3) Campo político: O governo de Goulart prendia-se a promessas e demagogia (Reformas de Base) e não fazia o país avançar. Nossa sociedade, em sua maioria cristã, clamava por uma ação enérgica e que tirasse o país da inércia sem leva-lo ao "perigo comunista". (vejam os jornais da época - Marcha da família com Deus pela Liberdade em SP). Cabe dizer que apesar dos Atos Institucionais a chamada ditadura brasileira preservou muitos direitos e liberdades, o aproximando mais de um regime de direito, diferindo-se das demais ditaduras da América Latina (em especial Chile e Argentina). Na política externa, foi no período de Geisel que o Brasil aproximou-se da África reconhecendo a Independência das Ex-colônias portuguesas (CPLP) com a visão de abertura de mercados futuros. Geisel iniciou ainda um processo de abertura política (lenta e gradual). O Governo de Figueiredo com a Anistia Ampla Geral e Irrestrita, buscou um reconciliamento com a sociedade no sentido de dar continuidade a política anterior e de união para enfrentarmos novos desafios. O que se viu foi que os anistiados ao retornarem trouxeram traços de revanchismo político, claramente observados no meios atuais de comunicação. Pode-se concluir parcialmente que o período militar no campo político fez amadurecer a sociedade e legou condições para que a mesma assumisse o controle na nação isenta de forças prejudiciais ao atingimento dos Objetivos Nacionais Permanentes: Integridade Territorial e Paz Social.

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    1. Concordo pois estive no exército em 1965, o prisioneiros políticos eram bem tratados, e o Brasil estava desestabiliza
      do politicamente! E a revolução devolveu à democracia um
      Brasil novo estável e a caminho do desenvolvimento.

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  3. Porque o Brasil passou a ser governado por militares???

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    1. A ameaça comunista, foi o que levou estes militares a planejarem a Revolução de Março 1964. Isso está no começo do texto .-.

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    2. Porque o Brasil estava politicamente desestabilizado, como no momento atual a oposição, ou seja, oposição ao governo do PT, que recuperou um pouco dos direitos do cidadão comum melhorando a condição do trabalhador.

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  4. gostei ajudou muito no trabalho de Historia

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  5. Quem fez é de esquerda obviamente é só ver que só possuem pontos negativos nunca positivos texto comunista e manipulado que m procura realmente algo sobre a historia do Brasil vá ler em site de direita pois a esquerda manipula tudo sempre.

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    1. Se a esquerda faz o bem e a direita de FHC o mal, eu fui do exército nesse tempo estou com a esquerda a única coisa que o PT está errado é resgatar essa memória. Temos torturadores é hoje que precisam ser punidos estão aí perturbando o povo. Os crimes praticados atualmente no regime democrática ultrapassam em muito os da ditadura com a diferença que antes eram muitos malfeitores hoje são sacrificados pessoas simples como o faxineiro da loteria a poucos dias no estado de São Paulo, pessoas morrendo por falta de médicos, ou remédio e dinheiro sendo desviado como os 4.3 bilhões da saúde em Minas.

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    2. Você encara política como se torce para futebol,mas não é
      bem assim o time perde não muda nada para o torcedor. Mas um político como F color e FHC e outros prejudicaram
      muito o povo que trabalha no Brasil escravizando-nos.

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    3. doido mas e louco minha gente

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