Aulas de História do Brasil

14 de mar. de 2010

República da Espada

Governo militar brasileiro que durou de 1889 a 1894.

A Republica da Espada foi o primeiro governo ditatorial do Brasil.

Neste período o Brasil foi governado pelos Marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.

A Proclamação da República em 1889 foi comandada pelos militares brasileiros e tal como podia se esperar, um militar foi eleito Primeiro Presidente do Brasil.militares do Brasil

O Governo do Marechal Deodoro da Fonseca

O Marechal Deodoro da Fonseca foi escolhido para comandar o governo republicano brasileiro.

A nomeação de um militar como Presidente do Brasil não foi bem visto pela classe aristocrática brasileira, a elite econômica da época.

A transição de regimes foi uma tarefa difícil , mas mesmo assim o Presidente Deodoro da Fonseca conseguiu por em prática seus projetos políticos. Os principais foram:

. Separação da Igreja do Estado
. Naturalização de estrangeiros residentes no Brasil.
. Instituição do Casamento Civil
. Reforma bancária do encilhamento.

Algumas medidas políticas tomadas por Deodoro não foram aceitas pelo Congresso Brasileiro. Como o Ministério não lhe dava apoio em suas decisões politicas, Deodoro da Fonseca dissolveu o congresso em 1891.

A Revolta da Armada

A atitude de Deodoro da Fonseca deu início a um clima tenso, propício a uma guerra civil. Um dos primeiros a se rebelar foi o Almirante Custódio de Melo que abordo do encouraçado Riachuelo ameaçou bombardear o Rio de Janeiro.

Em 20 de Novembro de 1891, após ser pressionado pela oposição politica, Deodoro da Fonseca renunciou ao cargo de presidente. Assim como previa a Constituição Brasileira, o restante do mandato de um presidente seria cumprido pelo seu vice, no caso Floriano Peixoto.

O Governo de Floriano Peixoto

O Governo de Floriano Peixoto foi mais tenso que o do Presidente Deodoro da Fonseca.

Ao assumir a Presidência do Brasil, Floriano Peixoto restabeleceu o Congresso Brasileiro e batendo no peito afirmou que só sairia da presidência ao final do mandato que lhe era de direito.

Os membros do Congresso por sua vez, passaram a exigir uma eleição imediata. Não querendo dar o braço a torcer em suas decisões, Floriano agiu com firmeza ao governar o Brasil de forma autoritária.

Floriano Peixoto ficou conhecido como Marechal de Ferro. Todos os movimentos contrários ao seu governo, foram reprimidos com violência.

A Revolução Federalista

Nos primeiros anos do Governo de Floriano Peixoto, ocorreu uma luta armada no Rio Grande do Sul. O Partido Republicano Gaúcho e o Partido Federalista, envolveram-se numa sangrenta guerra pelo poder político do Rio Grande do Sul.

A Revolução Federalista iniciou-se com a deposição do presidente da província, Júlio de Castilhos. Os adeptos do presidente deposto, conhecidos como Chimangos, formaram um exército para combater os revolucionários federalistas que haviam formado um exército cujo membros eram conhecidos como Maragatos.

Floriano Peixoto decidiu apoiar as tropas de Júlio de Castilhos pois os principais líderes da Revolução Federalista eram ex-membros do Governo Monarquista de Dom Pedro II. Após dois anos de luta armada os Maragatos foram derrotados. Muitos deles foram fuzilados com a ordem do Presidente Peixoto. Outros exilaram-se no Uruguai.

A Segunda Revolta da Armada

A recusa de Floriano Peixoto de realizar novas eleições presidenciais deu origem a uma nova rebelião militar que ficou conhecida como Segunda Revolta da Armada.

Em Setembro de 1893, novamente o Almirante Custodio de Melo se rebelou a bordo do Encouraçado Riachuelo afim de que fosse feito um novo pleito.

Para conter o grupo rebelde Floriano Peixoto adquiriu uma nova esquadra naval comprada no exterior. Nesta altura Saldanha da Gama havia substituído Custodio de Melo na liderança da Armada rebelde.

Floriano Peixoto apoiado pelos principais estados brasileiros, continuou na presidência e conseguiu sufocar a Segunda Revolta da Armada.

Floriano Peixoto, o Consolidador da Republica, como prometido deixou a Presidência da Republica em 1894. Novas eleições foram realizadas e Prudente de Morais foi eleito novo Presidente do Brasil.

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